21/04/2018

Entrevista para o site Arrepio Produções.

Quais as principais influências da banda?

Marcelo Santa Fé - Somos influenciados pelo que gostamos de ouvir, e ouvimos muita coisa.  Ter ouvidos abertos para o que rola na música ao redor do mundo tem nos favorecido nesse sentido. A parabólica continua fincada na lama, sacou? Entendemos que a boa música que te influencia não precisa, necessariamente, sempre vir do meio em que trabalhas. Individualmente, nossas influências são muito abrangentes, você encontraria de Cordel do Fogo Encantado a Frank Gambale na minha playlist. Mas dentro do metal, é seguro dizer que convergimos em nomes como Kreator, Torture Squad, Children of Bodom, Death, Arch Enemy, Obituary, Carcass, Sepultura e Dark Tranquility.

Qual o real significado do nome Pandemmy?

Pedro Valença – Quando eu fundei a banda queria um nome que desse a ideia de abrangência, pois não temos a intenção de produzir uma sonoridade repetitiva. Pandemmy deriva de ‘Pandemic’, que significa pandemia, ou seja uma enfermidade amplamente disseminada, no nosso caso, a vontade de disseminar nossa música e sonoridade.

Como é o trabalho interno na banda, quem tem maior parte nas autorias, quem compõe com mais frequência na banda?

Pedro Valença – Eu e Guilherme dividimos a função de compor as músicas, mas há contribuição de todos os membros quando ensaiamos os sons novos nos ensaios. Nunca uma música nova entra no estúdio sem sair com modificações e arranjos. Como estou sempre pensando nas propostas líricas da banda, escrevo as letras também.

O Pandemmy tocou com bandas grandes, dentre elas, Abbath, Obituary, Ragnarok, Tankard, Exodus, Belphegor entre outras, como foi tocar no mesmo palco que essas bandas? Vocês chegaram a ter algum contato com membros de algumas das bandas?

Pedro Valença – O mais bacana de tocar com bandas gringas, que tem uma certa fama na cena heavy metal mundial é o aprendizado em ver como funciona a logística, passagem de som, os equipamentos utilizados. Alguns membros dessas bandas foram gentis e agradáveis, alguns ficam bem felizes quando ganham material de presente, seja uma camisa ou cd. Outros são mais reservados e nós também respeitamos tal postura pois não queremos atrapalhar.

Os dois álbuns da banda, “Reflections & Rebellions” (2013) e “Rise Of A New Strike” (2016), foram gravados com vocais masculinos e agora a banda conta com Rayanna Torres nos vocais. O que levou a banda a optar por vocais femininos?

Pedro Valença - Na verdade não optamos por um vocal feminino. Enquanto fazíamos os testes, quase que teríamos um novo vocalista. Rayanna entrou na banda porque a forma como ela canta os rasgados e guturais casaram bem com a sonoridade das nossas músicas. A cada ensaio e show o entrosamento aumenta. Ela não chama atenção só por ser mulher, mas por ter um estilo de vocal próprio. 

Qual dos dois álbuns da banda vocês consideram o mais importante da carreira da banda durante esses 9 anos de estrada e por quê?

Marcelo Santa Fé - Impossível dizer qual o mais importante e não me refiro só ao "Reflections & Rebellions" e o "Rise of a New Strike". Apesar de não ser membro fundador, digo sem sombra de dúvida que a demo "Self-Destruction", os EP's "Dialectic" E "Idiocracy", são tão importantes quanto nosso trabalho mais recente. Não teríamos completado nove intensos anos de estrada sem eles. Tentar não se repetir e evoluir com naturalidade sempre foi algo intrínseco à banca desde a fundação. Isso fica bem claro já na primeira música do ROANS, que se chama "One Step... Forward". Os registros anteriores são o atestado desse compromisso em dar um passo à frente. Eles refletem nosso amadurecimento musical, intelectual e interpessoal. 

Quais os planos da banda para esse ano de 2018?

Pedro Valença – Continuar fazendo shows, mesmo com as dificuldades de locais e condições para que isso se realize aqui no Nordeste. Até junho deste ano lançaremos um single e até dezembro um Split album com uma banda gringa. Em breve divulgaremos os detalhes desses lançamentos.

Gostaria de deixar esse espaço para a banda para as considerações finais e também se quiserem mandar alguma mensagem para os leitores do Arrepio Produções e para as pessoas que acompanham a banda?

Pedro Valença – Muito obrigado pelo espaço cedido! Também agradecemos aos headbangers que acompanham o cenário nacional e aos leitores da Arrepio Produções. Nossos álbuns estão disponíveis nas principais plataformas de streaming, além do YouTube. Quem quiser adquirir um merchan da banda, é só entrar em contato através da nossa página do Facebook ou por e-mail. It’s time to spread the Pandemmy again !!!

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